domingo, 24 de abril de 2011

( http://whothefuckisalice.tumblr.com/)

Alice²

Alice: Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Gato: Isso depende muito de para onde queres ir .
Alice: Preocupa-me pouco aonde ir.
Gato: Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas.

Alice

(...) O Chapeleiro arregalou os olhos ao ouvir isso, mas, tudo que ele disse foi: “Por que um corvo se parece com uma escrivaninha?”
“Legal, vamos ter diversão agora!”, pensou Alice. “Fico feliz que ele tenha começado a propor charadas — acho que posso adivinhar essa”, ela completou em voz alta.
“Você acha que pode encontrar a resposta dessa?” perguntou a Lebre de Março.
“Exatamente”, respondeu Alice.
“Então você pode dizer o que acha”, a Lebre de Março continuou.
“E vou”, Alice replicou rapidamente, “pelo menos — pelo menos, eu acho o que digo — o que é a mesma coisa, você sabe.”
“Não é a mesma coisa nem um pouco!”, disse o Chapeleiro. “Senão você também poderia dizer”, completou a Lebre de Março, “que ‘Eu gosto daquilo que tenho’ é a mesma coisa que ‘Eu tenho aquilo que gosto.’”
“Seria o mesmo que dizer”, interrompeu o Leirão, que parecia estar falando enquanto dormia, “que ‘Eu respiro enquanto durmo’ é a mesma coisa que ‘Eu durmo enquanto respiro!’”
“Isso é a mesma coisa para você”, disse o Chapeleiro, e nesse ponto a conversa parou e a reunião ficou em silêncio por um minuto. Enquanto isso Alice tentava lembrar tudo que ela sabia sobre corvos e escrivaninhas, que não era muito.
O Chapeleiro foi o primeiro a quebrar o silêncio. “Que dia do mês é hoje?”, perguntou, virando-se para Alice: ele tinha tirado seu relógio do bolso e olhava para ele ansiosamente, chacoalhando-o de vez em quando e levantando-o no ar.
Alice pensou um pouco e então falou: “É dia quatro.”
“Dois dias errado”, suspirou o Chapeleiro. “Eu falei pra você que a manteiga não ia adiantar nada”, ele completou, olhando raivosamente para a Lebre de Março.
“Era a melhor manteiga”, a Lebre de Março replicou mansamente.
“Sim, mas algumas migalhas devem ter caído”, o Chapeleiro rosnou. “Você não deveria ter passado com uma faca de pão.”
A Lebre de Março apanhou o relógio e olhou para ele melancolicamente; então afundou-o na sua xícara de chá, e olhou novamente para ele: mas parecia que não encontrava nada melhor para dizer que o que já dissera: “Era a melhor manteiga, você sabe.”
Alice estivera olhando por cima dos ombros com curiosidade. “Que relógio engraçado!”, ela observou. “Ele diz o dia do mês e não diz a hora!”
“Porque deveria?”, resmungou o Chapeleiro. “Por acaso o seu relógio diz o ano que é?”
“É claro que não”, Alice replicou rapidamente, “mas é porque o ano permanece por muito tempo o mesmo.”
“Este é exatamente o caso do meu”, disse o Chapeleiro.
Alice sentiu-se terrivelmente perturbada. O comentário do Chapeleiro parecia para a menina completamente sem sentido, e ainda assim era inglês. “Eu não estou entendendo nada”, ela disse, o mais educadamente que pôde.
“O Leirão está dormindo novamente”, disse o Chapeleiro, e despejou um pouco de chá quente sobre seu nariz.
O Leirão balançou a cabeça impacientemente e disse, sem abrir os olhos: “É claro, é claro, é justamente o que eu ia dizer.”
“Você já adivinhou a charada?”, perguntou o Chapeleiro, virando-se novamente para Alice.
“Não, eu desisto”, Alice respondeu. “Qual é a solução?”
“Eu não tenho a mínima idéia”, disse o Chapeleiro.

(...)



(Foto: Fernanda Prestes)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Não deixe passar

Sentadas, descansando, as notas musicais esperavam pacientes. Esperavam e esperavam enquanto espreitavam cada pessoa, escolhendo uma vítima.

Ali estava. As notas se levantaram mais uma vez, prontas para dar ao mundo mais um tipo de esperança. Então começaram a flutuar e deixar se levar com o vento; de forma delicada, quase inexistente.

As pessoas que se encontravam ali, pararam um segundo de respirar, e sentiram sua alma se renovar mais uma vez. Enquanto seus fios de cabelo voavam, voltaram a seu consciente, esquecendo do que acabara de acontecer.

As notas musicais continuaram seu rumo, enchendo a cabeça e o coração de cada ser que passava naquele lugar.

Sentimos isso, a todo momento, a toda hora, quando ouvimos um som, quando sentimos uma presença inexplicável; que nos faz querer mais. Naquela hora, parece tão minúscula, e não importante, que acabamos deixar passar. Não deixe mais.

domingo, 17 de abril de 2011

Quinta Sinfonia de Beethoven destrói células cancerígenas


Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O “pam-pam-pam-pam” que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório.


Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências. A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.

Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais.


A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais. - Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar.A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora. Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.

A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouví-la com som ambiente ou fone de ouvido.


Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.

Finalmente! Acredito que é o que vocês devem estar pensando nesse momento... Finalmente a Mariah teve a decência de publicar algo em dois meses... Bom, vocês não poderiam estar mais certos, e eu não poderia estar pensando diferente. Então, me desculpem. É que está tudo tão maluco, que o tempo que eu utilizava para escrever e publicar, gasto em outras coisas...

Mas, prometo para vocês leitores, que posso atrasar um pouco para escrever, mas não irei abandonar o blog. Pois é aqui que tudo que eu amo se mantém organizado e, é aqui onde uma mínima parte da sociedade me ouve. Então...


"bem vinda de volta, Mariah !"